quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Uma denúncia.

Esse e-mail, eu recebi do Nilson Fernandes. Um homem esforçado que já foi meu professor de Francês. Segue seu desabafo.


Bonjour à tous,

Quero compartilhar minha revolta através do texto abaixo

Bisous sucrés

Nilson Fernandes

Como descrever o sentimento de um brasileiro paraense incansável lutador por seus objetivos de vida, quando sua esperança de ter seu direito de assumir um cargo público, por ele merecido, é castrada ao não ser convocado pela governadora, apesar de ter sido o primeiro lugar? A mistura de sentimentos é tamanha que só talvez tentando separá-los é que os outros possam compreendê-lo: vergonha, por diante dos outros concorrentes não aprovados ver a nulidade de seu esforço; revolta, por saber que na “terra de direitos” o direito do cidadão só é real no slogan; “descidadania”, não é possível ter orgulho de um Estado cujo governo brinca com a dignidade dos seus; impotência, passarei eu anos com ação judicial para TENTAR assumir o fruto do esforço e da renúncia ( quanto deixei de viver dedicando-me a isto!); tristeza e decepção, sonhei com um Pará justo ao apoiar este governo no último pleito; ...; e fé, apesar de tudo, afinal não posso permitir que meus sonhos sejam ceifados por quem quer que seja. Fui aprovado no último concurso (C154) da Seduc, para professor de Francês, e assim como eu, outros foram excluídos do decreto que convocou alguns outros aprovados. Qual a justificativa do governo se as vagas estavam muito bem descritas no Edital? Ficarão os alunos sem estudar estas disciplinas até o final do ano? Onde está o Ministério Público com quem o governo havia feito acordos para assumirmos nossas responsabilidades? Com a mais absoluta certeza, o respeito não é forte deste governo que só não tem medido esforços (aqui inclusos, esforços até ilegais segundo a mídia) para manter-se na direção ineficaz deste Estado. Talvez eu seja mais digno, sendo professor cidadão de um outro Estado ou país. É o que pretendo fazer!!!

Nilson Fernandes

Obs: Podem repassá-lo se acharem que devem .fazê-lo


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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sono e nada mais.


Estamos deitados na minha cama. Os olhos inchados de chorar. Passo a mão suavemente nos seus cabelos olhando bem dentro dos teus olhos.

- O que fizemos conosco?

- Estou com sono. Não quero mais falar sobre isso.

Você me puxa para seus braços. Ficamos ainda mais próximos um do outro. O sono está me dominando. Os olhos que já estão pequenos, não se fechando devagar. Você me aperta contra seu peito. Durmo sentindo seu calor e uma inesperada paz.

Sonho com você, com armas e rosas. Sonho com sangue em minhas mãos e muitas lágrimas. Penso: como é “lágrima” em inglês. Acordo com aquela dúvida, pensando em procurar no dicionário.

Por um instante, esqueço a palavra, pois sinto frio. No quarto escuro, procuro pelo seu toque, seu corpo. Não estás mais lá.

Penso em levantar, em te procurar pela casa.

- Talvez ele só tenha ido ao banheiro.

Mas uma desesperança me assola. Esqueço qualquer outra possibilidade. Você se foi e fechou a porta ao sair. Voltei a chorar, sozinha, no escuro, em silêncio. Durmo exausta, sem querer mais pensar.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Caminho


Até aqui caminhei tranquila. Só a força do pensamento me acompanha.
A esperança é minha maior maldição. Ela que não me deixa desistir.