sexta-feira, 11 de março de 2011

Na infância...

E tenho dito.

quinta-feira, 10 de março de 2011

(...)

Sentada durante uma forte chuva no penúltimo banco de um ônibus quase vazio. Um de seus ocupantes preenchia todo o ambiente com o som de Meteoro da Paixão de Luan Santana que saia de seu celular comprado de 10 vezes sem juros na Yamada. Do lado de fora, as luzes amarelas nos postes faziam a água da chuva brilhar, eram gotas douradas caindo em meio a noite escura. Vez por outra, uma pessoa corria querendo abrigo. Um casal que dividia a mesma sombrinha na parada de ônibus subiu e sentou a minha frente. Eles estavam apaixonados e não parava, de acariciar o rosto um do outro e trocar beijos, ora curtos, ora longos. Não pude evitar pensar quanto tempo aquela empolgação duraria. Eu já passei por isso, alias quem nunca passou? Agora tocava “Panamericano” no celular de 10 vezes. Will entrou naquele momento, usando uma bermuda caqui, uma blusa tipo “Quem vai ao Pará, parou. Tomou açaí, ficou”. Típico turista. Não estava acostumando com os temporais comuns por aqui. Sentou-se ao meu lado, molhado, assustado. Discretamente, abaixei minha cabeça e sorri. Will era lindo aos meus olhos. Alto, magro, cabelos ruivos e cacheados, barba e olhos negros. Aos poucos fui adormecendo sentindo o calor que irradiava de seu corpo. Apenas me lembro quando minha cabeça pendeu para o lado, ficando apoiada em seu ombro. Ele não protestou, então fiquei ali sentindo o cheiro de sua pele.

Chegada a minha parada, dei sinal. Will desceu logo em seguida. Caminhei com meu coração batendo forte, senti que ele me seguia. Ele apertou o passo, ficou ao meu lado, olhou nos meus olhos e deu um leve sorriso. Esse homem me queria tanto quanto eu a ele. Caminhei aflita, entrei numa rua bem escura, ele veio ao meu lado. A umidade entre minhas pernas nesse momento já dificultava meu caminhar. Encontrei o lugar perfeito, no vão entre uma casa e outra. Segurei sua blusa e o puxei para lá.

Ele me beijou fortemente, a boca, o pescoço, os seios. Eu o apertava contra meu corpo. Desabotoou a bermuda, levantou minha saia, abaixou sua cueca apenas o suficiente, puxou minha calcinha de lado. Transamos enlouquecidamente. Um, dois, três orgasmos e ainda não havia acabado. Beijos, mordidas, apertões e o delicioso “in-out”.

Ele gozou com gemido forte e seco, apoiou-se na parede, sorriu e finalmente falou.

- Will.

- Lia.

Passei a mão nos meus cabelos, arrumei minha blusa e minha saia.

Saí de lá o mais rápido possível, pensando (finalmente) na loucura que havia feito.

Momentos assim não tem preço.