quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Só isso...

- Você já bebeu de mais!
– Alesson falava como se pudesse me influenciar em alguma coisa.
- Ainda nem comecei.
– Eu não queria parar, achava que tudo ainda seria pouco pra esquecer o que u estava sentindo.
- Vem, vou te levar pra casa.
- Não. Eu não vou pra casa agora. To bêbada, não quero chegar em casa assim. Todos vão ver que eu to com dor de cotovelo.
- Então vem, você vai pra minha casa. Toma um banho, toma um café e quando estiver melhor eu te levo na tua casa.
- Tudo bem.
Alessom era um amigo fiel. Mesmo nos momentos mais difíceis, estava sempre ao meu lado. Eu sabia que ele gostava de mim, mas tentava fazê-lo entender que eu só era sua amiga.
Ele estava me ajudando naquela noite de dor de cotovelo. Meu namorado havia me deixado sem dar muitas explicações, quando eu achava que estava tudo lindo e maravilhoso.
- Mudei de idéia – estávamos no carro, já a caminho da casa de Alessom – vamos a outro lugar.
- Já é meia noite, você ta completamente bêbada. Onde você quer ir?
- Em algum lugar onde eu não possa pensar.
- Não, minha casa já é na próxima quadra.
Não gostei, mas no estado em que eu me encontrava, não tinha condições de protestar.
Ao chegar, entramos e eu fui logo me jogando no sofá. Não queria fazer nada, só dormir.
- Vem, é bom você tomar um banho.
- Faz um café pra mim?
Alesson foi pra cozinha e eu fiquei na sala. Espertei-me um pouco e pus um cd pra tocar. Vi as bebidas no bar do Alesson e quis um conhaque. Servi-me. Quando Alesson voltou à sala, eu dançava ao som daquele blues, e bebia mais. Ele tirou o copo da minha mão.
- Você não deve mais beber.
- Dança comigo.
Abracei-o e continuei dançando. Ele meio tímido, timidez típica de quem está sóbrio e com vontade de estar bêbado, dançava meio sem jeito.
- Vem, você tem que tomar um banho.
- Dança comigo.
- Vem.


Ele foi dançando e me puxando em direção ao banheiro. Tirou minha blusa, e eu não protestei, mas senti seu coração bater mais forte. Tirou minha saia me deixando só de calcinha e sutiã. Ligou o chuveiro e me empurrou para baixo. Gritei:
- Ah! Você não deveria ter feito isso! - Puxei-o para o chuveiro também. Ele que ainda estava de calça jeans e blusa – Tira isso.
Tirei sua blusa. Ele fazia falsos protestos:
- Lia, para. Você ta bêbada, Não sabe o que ta fazendo.
- Você quer mesmo acreditar nisso? Relaxa.
Ele segurou com força meus braços para que eu não pudesse mais acariciar seu peito, como eu estava fazendo até então.
- Não quero ser um arrependimento seu.
Dei um selinho, seguido de uma mordiscada em seu lábio.
- Relaxa.
Ele ficou me olhando. O chuveiro ligado. Ele estava ofegante. Eu também. O frio e a situação me deixavam toda arrepiada. Meu sutiã havia ficado transparente, e dava pra ver meus seios com os mamilos durinhos. Minha boca entreaberta. Ele segurando meus braços ao lado do meu corpo. Sorri, beijei-o mais um pouco. Ele não se mexia.
- Fala alguma coisa, faz alguma coisa. – Eu disse.
Ele subiu as mãos dele desde meus pulsos até meus ombros, abaixou a cabeça, e encostou nos meus ombros.
- Você me deixa louco, sabia. – Ele estava ofegante.
Virei meu rosto, e falei em ao pé de seu ouvido:
- Sempre soube – mordi o lóbulo de sua orelha e o abracei forte, até sentir o quanto ele estava excitado.
Ele não resistiu mais. Passou a beijar meu pescoço, até chegar a minha boca. Nos beijamos intensamente. Suas mãos, nas minhas costas, me apertavam, me faziam perder o ar. Ele realmente havia esperado muito por aquilo.
Desabotoou meu sutiã e eu abri os botões da sua calça, abri o zíper e o deixei só de cueca.
Ele se afastou um pouco, olhou meus seios, como se fossem as coisas mais belas do mundo. Acariciou-os, apertou-os, e eu gemia, de prazer e dor. Empurrou-me contra a parece, me fazendo sair do chuveiro. Levantou-me um pouco e pôs-se a sugar meus seios, com força e mordiscar os mamilos. Eu ficava louca com aquilo, apertava sua cabeça ainda mais contra meus seios, como se quisesse que ele entrasse em mim. Ele passou a sugar com mais força, e a morder até. Minhas mãos pelas suas costas, eu o arranhava. Quanto mais ele me sugava, mais forte eu o arranhava, e mais forte ele me sugava. Estávamos completamente tomados pelo desejo.
Ele então me soltou, ma virou de costas, e pôs-se a beijar minha nuca. Suas mãos e boca passeavam por meu corpo, descendo pelas minhas costas, cintura, até que chegaram à calcinha, que ele tratou de abaixar até meus pés. Voltou beijando minhas pernas, minha bunda, minhas costas e minha nuca. Abraçou-me, pos suas mão em meu sexo e me puxou para ele. Senti toda sua excitação através daquele pênis grosso, e rígido. Virei-me de frete para ele, beijei-o, e da mesma forma como ele acabará de fazer, desci, com minhas mãos, e meus lábios por sei peito, sua barriga, até chegar a sua cueca, que levei até o chão. Subi beijando suas coxas e parei para beijar seu pênis que latejava de tesão. Quando o abocanhei, com todo meu desejo, Alesson deu um grito. Chupei muito, ele se contorcia e acariciava meus cabelos. Foi quando pareceu não mais agüentar. Me levantou, voltou a beijar minha boca, a morder meus seios, e meus pescoço. Levantou as minhas pernas. Eu estava louca de tesão, e quando ele fez isso, com tanta força, que eu gozei antes mesmo que ele encostasse em mim de fato, só de imaginar o que estaria por vir. Ele, ao ver isso, estremeceu e começou a passar seu pênis rígido em mim, no meu buraquinho que escorria meu gozo. Ele passou a mão por entre minhas pernas e introduziu seu dedo em mim, depois, levou-o até a minha boca, passou por meus lábios fazendo eu provar do meu próprio sabor.
E beijou minha boca com aquele gosto de gozo. Estava curtindo o beijo e desejando mais. Ele me envolveu muito no beijo que nem percebi quando ele, com toda sua força, enfiou em mim seu pau, sem pena. Dei um gripo, pois era realmente muito grande, e de início, doeu.
Ele me comia com força, e me beijava. Eu louca, completamente enlouquecida, rebolava e puxava-o ainda mais para cima de mim. Nos beijávamos e com mais força e enfiava em mim. Gozei novamente, e enterrei minha unhas nas suas costas, o que fez que ele soltasse um grito, e enfiasse com mais força. E quanto mais ele enfiava, mais eu gritava e pedia por mais. Foi quando não só a força era grande, mas a velocidade aumentou muito, e eu não conseguia mais ver nada, minha vista estava embaçada, e ele me apertava firma, mais rápido e forte, até que ele gozou em mim. Seu líquido quente, pôs-se a escorres pela minha perna.
Ele parou, respirou:
- Você é mais gostosa do que eu poderia imaginar.
- Eu nunca esperava isso de você.
Sorrimos, tomamos banho, nos secamos e fomos para a cama.
Ele estava exausto, e logo dormiu. Eu continuei acordada. Meu porre havia passado completamente. Passei a pensar no motivo pelo qual bebi. No porquê havia feito o que acabei de fazer. Pensei se agi certo. Pensei em Alessom. Olhei para o lado, seu rosto límpido dormia com tanta paz.
Comecei a chorar. Quem era eu, pra usar os outros como acabei da fazer?
Eu não tinha esse direito. Ele gostava de mim de verdade, e eu me aproveitei disso.
Tentei dormir, mas não pude. Levantei, tomei o café que Alesson havia preparado para mim, me vesti e saí. Fiquei a noite toda passeando de carro, sem saber o rumo que eu tomaria. Um vazio, uma tristeza, uma vergonha de mim mesma. Queria sumir, pelo menos por um tempo. Desliguei o celular e viajei, alias, esse sempre foi meu objetivo. Já havia uma mala no carro. Ninguém sabia. Apenas queria sumir. Foi o que fiz.
Perdoe-me. Alessom.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Espere pra ver.

Oi, muito prazer.
Sei que é estranho, mas
Agora somos apenas duas pessoas que, caso se encontre na rua, dirão “oi”. Mas aos poucos começaremos a conversar, descobriremos, então, que temos algo em comum.
Agora conversamos quando nos encontramos em festas; falamos sobre música, o ambiente, as roupas. Mas aos poucos nossos assuntos evoluirão para assuntos mais corriqueiros.
Agora somos duas pessoas que conversam sobre o filme de ontem, a política e a notícia do jornal. Mas aos poucos nossas conversas evoluirão para algo mais pessoal.
Agora conversamos sobre nosso passado, nossa família, nosso presente. Saímos juntos e nos divertimos. Mas aos poucos falaremos sobre as nossas ideologias, as idéias malucas para salvar o mundo e nossos sonhos.
Agora somos duas pessoas que dividem o mesmo ideal, buscando forças um no outro para alcançarmos o que desejamos. Mas aos poucos falaremos sobre sentimentos, pensamentos e medos.
Agora somos amigos para tudo e estamos sempre juntos nas horas de sorrisos e lágrimas. Mas aos poucos vais vendo que não é tudo em mim que lhe agrada e que tenho algumas atitudes egoístas e infantis.
Agora não nos vemos com tanta freqüência, não nos ligamos para ficar horas falando do que pensamos. Você agora muda de assunto quando chego, para algo que eu já sei. Mas aos poucos nossos assuntos serão política, filme e a notícia do jornal.
Agora conversamos sobre música que rola nas festas em que nos encontramos depois de um grande período sem se ver. Mas aos poucos, daremos “oi”, “como vai você” sem esperar a resposta, quando nos encontramos na rua.
Agora é você que está passando por mim...
Eu acho que é você...
Eu te conheço de algum lugar?

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sentir-se


Quantas vidas cabem em um mês?
Em um dia?
Em um ano?
Sei lá.
Podem caber num minuto, ou na idade do universo.
Mas não importa.
O tempo não importa. Nada importa. Apenas dois. Se agora sou vilão ou se sou somente coadjuvante. Não importa.
Não temos muitas escolhas, mas temos muitas possibilidades.
Cada mente é um universo, cada segundo tem uma infinidade de momentos.
Mais uma vez me pego pensando em “para sempre”.
Não sei se vai chegar logo ou se vai demorar, mas sigo em frente, esperando e fazendo acontecer.
Vejo-me no meio de uma multidão, o barulho é infernal e tudo o que ouço é uma respiração.
Ela está aqui, e me prende, me deixa surda, cega, muda.
Onde me encontro, não sei. Só sinto a respiração que me guia e tenta me tirar do meio da multidão, procurando um lugar em que estaremos a sós, para finalmente podermos nos tocar.
Pele com pele, corpo com corpo, respiração com respiração, vida com vida.
Estamos sós, estamos no nosso mundo. A terra do nunca, a nossa terra do nunca. Ou terra do sempre, se isso soar mais positivo. Estamos lá. Só nós. Somos o nosso mundo. Construímos nossa redoma e nada pode nos atingir.
Já vestimos nossa armadura e já selamos nossos cavalos alados. Agora somos somente nós. Estamos voando em direção a nosso castelo.
Ele cuida de mim enquanto sonho.
Eu cuido dele no meu sonho.
Sinto a vida entrar pelos pulmões e a adrenalina de se jogar sem medo percorre meu sangue.
Estou viva!
Eu posso sentir-te.
E você?
Sente-me?