sábado, 24 de novembro de 2007

Sons


Um som doce e confortante vem pelos ares e chegam ao meu ouvido de forma harmoniosa me fazendo viajar.
Seguindo esse som, que começa suave e cresce tornando-se mais intenso, dancei.
Dancei em meio à multidão, cantei com meu corpo, fiz dele instrumento do meu sentimento. Libertei-me.
Todos passavam, não ouviam a música, me viam dançar, e viam meu corpo sendo tomado por uma energia que eles desconheciam.
Eu dançava como se não fosse impróprio. Bailava...
Apertava meu colo e girava ao som daquela música que me tomava.
Assim a noite seguia, eu bailando, e a música, a intensidade da música, crescia...
Meu corpo já não cabia toda a energia que eu possuía, e a força saia por meus braços, pernas, tronco e quadril. Mexia-me, rebolava, fazia de mim um instrumento daquela dança...
Ouvia ao longe os bandolins.
Eles me olhavam, me desejavam, e eu não os olhava, sequer os notava. Eu só queria dançar, ficar perdida no meu eu, ficam intensamente inserida em mim.
Só...
Dançando.

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