sábado, 30 de maio de 2009

Mais um fim...


Vai embora, me deixa aqui quieta. Fecha a porta ao sair, e joga a chave por debaixo. Só quero ser livre para chorar, só quero um espaço onde eu possa gritar sem incomodar ninguém.
Nunca incomodei ninguém.
Sou uma mancha, uma página no passado de tantas e tantas pessoas, em alguns, sou só uma linha, noutros, um nome numa lista, na maioria, não sou nada.
Com você não vai ser diferente.
Mínima, insignificante, reles.
Minha importância se resume a importância de um pé de meia. Pode ser facilmente solucionado.

Vai embora, engole o choro, tranca essa porta que eu vou ficar aqui, dormindo. Se quiser, pode levar a chave, ninguém vai precisar dela mais tarde, mesmo.
Deixa eu aqui, reles, insignificante, sangrando, morta.

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