Poucas coisas nesse mundo ainda são individuais.
Poucas coisas, nesse mundo ainda podem ser consideradas inteiramente minhas.
Há coisas, porém, que não abro mão. Quero que sejam minhas e que ninguém as tome de mim.
Meus erros são algumas dessas coisas.
Eles são tão meus, tão inteiramente, tão amargamente meus, que ninguém deveria ter o direito de querer tomá-los de mim.
Mas insistem em querer até isso.
NÃO! Meus erros, e tudo que os cerca, são meus e vou lutar pelo direito dessa posse.
Não tente concertá-los, encobri-los. Eu preciso deles. Eu preciso aprender com eles. Deixe-me quebrar a cara. Deixe-me perder o que amo. Deixe-me sangrar. Tire-me dessa redoma de vidro que me colocastes onde só consigo ouvir a sua voz. Deixa-me livre pra errar e aprender com meus erros. Eu tenho esse direito.
Pare de falar. Deixe-me por minha conta. Quem sabe assim eu consiga crescer.
Um comentário:
Que lindo Lívia, belíssimo texto.
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