quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Meus erros.


Poucas coisas nesse mundo ainda são individuais.

Poucas coisas, nesse mundo ainda podem ser consideradas inteiramente minhas.

Há coisas, porém, que não abro mão. Quero que sejam minhas e que ninguém as tome de mim.

Meus erros são algumas dessas coisas.

Eles são tão meus, tão inteiramente, tão amargamente meus, que ninguém deveria ter o direito de querer tomá-los de mim.

Mas insistem em querer até isso.

NÃO! Meus erros, e tudo que os cerca, são meus e vou lutar pelo direito dessa posse.

Não tente concertá-los, encobri-los. Eu preciso deles. Eu preciso aprender com eles. Deixe-me quebrar a cara. Deixe-me perder o que amo. Deixe-me sangrar. Tire-me dessa redoma de vidro que me colocastes onde só consigo ouvir a sua voz. Deixa-me livre pra errar e aprender com meus erros. Eu tenho esse direito.

Pare de falar. Deixe-me por minha conta. Quem sabe assim eu consiga crescer.

Um comentário:

NaneNunes disse...

Que lindo Lívia, belíssimo texto.