quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Um lugar para as lágrimas.


Tenho andado com muita pressa. Não tenho aonde chegar.

Preciso de uma tarde de choro. Preciso chorar sem motivos, sabe, para descarregar minha alma. Senão poderei explodir.

As pessoa têm explodido, não sabem o porquê. Eu sei. As almas, elas estão carregadas, elas não sabem como se descarrega.

Elas reclamam que estão gordas, reclamam de dor de cabeça, reclamam de dores nas costas, e não percebem que tudo isso é porque estão carregando muito peso.

Eu estou gorda, estou com dor de cabeça, com dor nas costas.

Preciso chorar.

Tantas coisas aconteceram em minha vida e no mundo, coisas importantes, mas não chorei, ou melhor, chorei, mas não o suficiente para a ocasião.

Um amor quebrado e jogado fora como um sapato que não coube mais.

Uma vitória alcançada, entre tantas derrotas.

Uma volta por cima.

Uma tentativa de recomeço.

Uma frustração dessa tentativa.

Um novo começo que não é um recomeço.

Um não, e mais uma derrota para a coleção.

Tantas coisas importantes sendo levadas como cotidianas.

Será que estou perdendo minha sensibilidade?

Eis uma das coisas mais preciosas pra mim.

Ao lado da inocência.

Onde posso me refugiar?

Onde vou encontrar lugares para poder sentar e chorar sem que ninguém me pergunte “Por que você está chorando?”?

Quem souber, me salve!

Um comentário:

Juliana Koury Gaioso disse...

no banheiro. com o chuveiro, ele nunca me perguntou nada e sempre chora comigo.

muitas vezes situaçoes assim banalizam a gnt, tm horas q somos nos q banalizamos elas. nao eh uma qstao d vontades, mas situaçoes q ocoorrem. aproveite-as.

beijo