quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Reflexões de uma tarde ociosa de chuva...




Belém, 19 de abril de 2008
10:40h

Parei e olhei ao meu redor e vi o quão inútil pode ser a existência. Quem lembrará de mim quando me for, além dos filhos?
O que torna o homem imortal? E mais importante que isso: Por que esse anseio em se tornar imortal?
Não há medo da morte, pelo menos não para os crentes em uma vida póstuma. Vamos pular essa parte.
O que há, então, é um medo de ser esquecido. Por isso se é bom, engraçado, áspero, por isso se tem manias. Para que os que ficam, possam ver no rosto de outros que também ficaram a sua presença. Por isso temos filhos, eles são nossa continuação, uma forma que encontramos de driblar o tempo e ficarmos vivos mais do que ele determinou. Eles são a certeza de que seremos lembrados.
Ok, já é claro que o medo da morte é o medo de cairmos no esquecimento, mas por que temos medo de sermos esquecidos?
Vejo que é porque precisamos justificar nossas escolhas, que nem sempre são as que mais nos agradam. O que vou fazer agora, trabalhar ou jogar vídeo game? Decisão difícil, mas certamente vais escolher o trabalho. Para que? Para que, quando você morrer, as pessoas vão lembrar de você como alguém trabalhador.
Ok novamente, já sabemos que temos medo de morrer porque temos medo de ser esquecidos, e temos medos de sermos esquecidos porque senão todos os sacrifícios que fizemos em vida seriam inválidos.
Então... Por que se fazem sacrifícios?
Ainda não sei.
Devo pensar mais sobre o assunto.

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